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Cão da PM auxiliará em programa de saúde mental de profissionais da segurança

Mike é um animal brincalhão que está sendo treinado para atuar no Centro de Atenção Psicossocial do programa Prumos de Londrina, voltado ao cuidado da saúde mental dos policiais civis e militares, agentes penitenciários, peritos e seus familiares.

O Centro de Atenção Psicossocial do programa Prumos de Londrina terá um novo integrante. Trata-se do Mike, um Golden Retriever brincalhão que está sendo treinado pela Polícia Militar da região para auxiliar pacientes acolhidos pelo programa. O Prumos foi criado pela Secretaria da Segurança Pública para cuidar da saúde mental dos policiais civis e militares, agentes penitenciários, peritos e seus familiares.

Mike será aplicado no auxílio aos profissionais do Centro de Atenção Psicossocial no processo de desenvolvimento da interação social e no acompanhamento das sessões de atendimento aos pacientes.

O coordenador do Prumos em Londrina, tenente Danilo Alexandre Mori Azolini, explica que o cão atuará junto com psicólogas e assistentes sociais do programa. “A ideia é que ele participe, de forma complementar, no acompanhamento do tratamento dos nossos policiais e seus relativos, como um agente gerador de amor e de acolhimento”, diz.

“Percebo que há uma importância imensurável na aplicação de cães em relação ao contato direto que eles poderiam ter com a comunidade, em ações sociais, por exemplo, pois um cão como Mike tem o poder de levar respeito e segurança através do acolhimento e do afeto”, afirma o tenente.

A psicóloga do Prumos de Londrina, Lenita Balekian, explica que Mike tem apenas quatro meses e ainda não participou oficialmente das atividades no centro de atendimento. Mesmo assim, só a presença dele no centro de saúde já alegra quem chega para as consultas. “Ele demonstra ser muito amável e as crianças e adultos já tiveram uma resposta positiva com a presença dele, mesmo sem uma aplicabilidade formal”, disse.

CRIANÇAS – Ela contou que duas crianças que tiveram contato mais próximo com o Mike apresentaram uma melhora no quadro psicológico. “Pedimos autorização dos pais para que o atendimento ocorresse com o cão. Eram crianças que não falavam e interagiam pouco, mas com a presença do cão houve efeitos positivos, como a redução da ansiedade e estimulação da verbalização, sentimentos e interação social. O resultado nos surpreendeu”, complementou Lenita.

A profissional diz, ainda, que a aplicação do cão com o público infantil pode trazer muitos benefícios no tratamento de questões de saúde mental. “Podemos trabalhar vários quesitos como ansiedade, limites de tempo, afeto, entre outros. No Prumos vamos trabalhar o Mike como auxiliar nas terapias”, completou.

TREINAMENTO – O tenente Azolini explica que o cão é, naturalmente, qualificado para que haja essa interação com os pacientes que buscam o apoio do Prumos. “Algumas raças possuem aptidões únicas e de emprego prático em hospitais, asilos, creches, clínicas de reabilitação e outras instituições de maior contato humano. O golden retriever é uma dessas raças. Agente pode trabalhar com estas habilidades junto à equipe técnica para promover um melhor atendimento que, por meio do cão, é facilitado”, diz.

A rotina de Mike é dividida entre os treinamentos no 5º Batalhão de Polícia Militar (5° BP), feitos por policiais militares capacitados, e as visitas ao Centro do Prumos. Depois de ter seu adestramento aprovado pelos policiais do batalhão e pela equipe de psicologia do programa, ele será aplicado tanto nos atendimentos presenciais do Centro de Atendimento Psicossocial de Londrina, quanto em possíveis acompanhamentos domiciliares aos militares que são assistidos pelo programa.

PRUMOS – O programa, que atende todo o Estado, foi criado pela Secretaria da Segurança Pública, por meio da Assessoria de Planejamento Estratégico e Gestão de Projetos. O objetivo é oferecer suporte à saúde mental dos policiais militares e civis, bombeiros militares, agentes penitenciários e peritos oficiais, além se seus familiares.

Por ficarem expostos a situações de violência, estresse e pressão, precisam de acompanhamento adequado para manter o equilíbrio emocional e garantir o pleno desenvolvimento de suas atividades.

Foto: PMPR

(AEN)

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