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Fundetec: Incubada Microplan ganha bolsa de doutorado pelo CNPq

A empresa foi classificada pelo edital que fornecerá recurso para a contratação de um profissional
A Fundetec (Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico), por meio do setor CIT (Centro Inovador Tecnológico), é responsável por receber e incubar ideias inovadoras de empresas que já estão no mercado e startups. Atualmente, 18 negócios incubados recebem ajuda de custo de aluguel, água, luz, internet, além de poderem utilizar os espaços da Fundetec e do Espaço Criar (Teatro) para reuniões.

Capacitações para crescer, gerir e se consolidar no mercado são outras oportunidades oferecidas pelo Centro, que possui certificado Cerne 1 e 2 e facilita ainda, que as incubadas participem de outros editais, sejam eles estaduais ou federais. Foi desta forma que a empresa Microplan ganhou recentemente uma bolsa de doutorado pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

Após a inscrição de um projeto chamado, Implementação de Protocolos de Micropropagação para Espécies Vegetais, a incubada foi classificada pelo edital que fornecerá recursos para contratar um profissional da área. “Eu fiz a solicitação de um doutor para que a gente possa iniciar as atividades do laboratório, na parte da propagação de plantas. Queremos uma pessoa que já tenha uma bagagem de conhecimento a respeito de cultura de tecidos e que faça os protocolos para as culturas que vamos iniciar ali”, explicou uma das sócias, Lorena Maia Noreto.

De acordo com a proprietária que está empolgada para iniciar esta nova etapa, o projeto inscrito passou por uma pré-avaliação positiva e recebeu nota de 89,4. “Pra empresa vai ser incrível ter alguém que já tenha experiência com micropropagação, que possui especialização. Irá agilizar o processo de cultura de tecidos que demoraríamos um pouco mais até conseguir testar os protocolos e fazer com que o os que já existem funcionem, de acordo com a nossa realidade. Acredito que tanto para nós como empresa, quanto para a Fundetec vai ser bem interessante ter esse auxílio”, finalizou.

Para o encarregado do CIT, Luís Henrique dos Santos, ser classificado em 5° lugar entre os 133 projetos apresentados é uma grande conquista. “Como incubadora nos sentimos felizes, pois é uma empresa nascente que luta diariamente pelo seu empreendimento e com está conquista poderá validar seus processos, ampliar sua pesquisa e desenvolvimento e almejar perspectivas futuras p crescimento no mercado”.

Microplan

A empresa está incubada na Fundetec desde 2019 e atua no ramo de agronegócios voltado a biotecnologia aplicada à cultura de tecidos e produção de mudas. Atualmente, possui na Fundação a disponibilidade de espaço e estrutura para instalação do laboratório de micropropagação e estufas para produção das mudas. A Microplan opera em todo o território nacional.

Certificação Cerne

O Cerne foi estruturado como um Modelo de Maturidade da Capacidade da incubadora em gerar, sistematicamente, empreendimentos de sucesso. Para isso, foram criados quatro níveis crescentes de maturidade. A Fundetec possui o nível 1 e 2 e agora, está em processo para receber o Cerne 3.

Segue abaixo o que cada nível significa de acordo com a Anprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores):

A lógica escolhida para estruturar os níveis de maturidade foi organizá-los a partir de “Eixos Norteadores”: empreendimento, incubadora, rede de parceiros e melhoria contínua (inovação).

Cerne 1: Todos os sistemas implantados pelos processos-chave estão diretamente relacionados ao desenvolvimento dos empreendimentos. Nesse sentido, além de sistemas como qualificação, assessoria e seleção, foram incluídos aspectos relacionados à gestão da incubadora, os quais, por sua vez, mantêm uma relação muito estreita com o desenvolvimento dos empreendimentos, a exemplo da gestão financeira e a gestão da infraestrutura física e tecnológica. Ao atingir esse nível, a incubadora demonstra que tem capacidade para prospectar e selecionar boas ideais e transformá-las em negócios inovadores bem sucedidos, sistemática e repetidamente.

Cerne 2: o foco deste nível é garantir uma gestão efetiva da incubadora como uma organização. Assim, além de garantir a geração sistemática de empreendimentos inovadores (foco do Cerne 1), a incubadora utiliza todos os sistemas (implantados pelos processos-chave) para uma gestão focada em resultados.

Cerne 3: o objetivo deste nível é consolidar uma rede de parceiros, com vistas a ampliar a probabilidade de sucesso dos empreendimentos apoiados. Assim, nesse nível, a incubadora reforça sua atuação como um dos “elos” da rede de atores envolvidos no processo de inovação.

Foto e Texto: Secom Cascavel

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