Paraná receberá 135 mil testes em programa de detecção e bloqueio de casos da Covid-19
Foz do Iguaçu foi um dos cinco municípios escolhidos no Brasil para o evento-piloto. Dos 200 testes realizados no perído da manhã, numa tenda instalada próxima da Ponte da Amizade, ligando o Brasil ao Paraguai, três foram positivos na coleta por swab nasal, o que representa pouco mais de 1%. O Estado vai receber milhares de testes nos próximos dias.
O Paraná iniciou nesta sexta-feira (17) a participação no Plano Nacional de Expansão da Testagem para a Covid-19, do Ministério da Saúde. O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, esteve em Foz do Iguaçu para o lançamento do projeto, que ocorreu de forma simultânea e online com o ministro Marcelo Queiroga, que estava em Natal (Rio Grande do Norte). O município foi um dos cinco escolhidos no Brasil para o evento-piloto.
A previsão é que cerca de 60 milhões de testes de antígeno, que mostram o diagnóstico com essa rapidez, sejam distribuídos pelo Ministério da Saúde para todo Brasil em 2021. Serão testes rápidos de antígenos processados em 15 minutos para a identificação viral e bloqueio de contato. Em Foz do Iguaçu, 15 mil testes foram colocados à disposição. O Estado vai receber mais cerca de 120 mil nos próximos dias.
“A nossa fronteira é de muito trânsito. Com essa estratégia de testes eficientes, vamos ter melhores condições de trabalhar a vigilância no município, fazendo o isolamento, a orientação e o bloqueio dos casos. Pedimos a estratégia há muito tempo ao Ministério da Saúde e agora saiu. Agradecemos a iniciativa, é importante e vamos continuar atendendendo as pessoas”, afirmou Beto Preto.
Na ação desta semana, 2,4 milhões de testes já foram enviados aos municípios. “Este é um programa é uma proposta de expansão da testagem, junto com gestores estaduais e municipais para identificar de forma mais rápida casos positivos da Covid-19 e poder intervir. É, portanto um reforço e estamos aprimorando nossa capacidade de combater o vírus”, disse o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Hélio Angotti.
Dos 200 testes realizados no perído da manhã, numa tenda instalada próxima da Ponte da Amizade, ligando o Brasil ao Paraguai, três foram positivos na coleta por swab nasal, o que representa pouco mais de 1%.
“Por aqui circulam milhares de pessoas de outros países e de outras regiões do Brasil. Foz do Iguaçu é um ponto estratégico de testagem e vamos conseguir identificar com esta iniciativa, se mais pessoas estão com o vírus, podendo transmitir”, destacou o prefeito Chico Brasileiro.
PROGRAMA – Segundo as recomendações do plano, os testes devem ser aplicados para diagnosticar pessoas com e sem sintomas da Covid-19 e podem ser usados em locais de grande circulação. Em uma das estratégias, os estados e municípios serão orientados a fazer pontos de triagem, onde as pessoas serão convidadas a fazer o teste rápido voluntariamente.
Assim, será possível identificar os casos mais rapidamente, promover o isolamento, rastreamento e testagem dos contatos, que devem fazer quarentena. Essa estratégia é usada para a busca ativa de pessoas que podem demorar para demonstrar qualquer sintoma da Covid-19, o que ajuda a evitar a disseminação da doença. Os testes de antígeno também devem ser usados na investigação de surtos locais da Covid-19, como escolas e lares de idosos, por exemplo.
COMO FUNCIONA – O teste de antígeno funciona a partir de uma amostra coletada pelo swab nasal. O exame detecta a presença de uma proteína do coronavírus, para mostrar se a pessoa está infectada e em uma fase com maior risco de transmissão. O teste Não necessita de um laboratório para ser processado, é de fácil manipulação e pode ficar em temperatura até 30º C.
Com o resultado em 15 minutos, o teste de antígeno tem um grau de confiança elevado, graças a uma tecnologia avançada, que foi se aprimorando desde o começo da pandemia. No entanto, segundo o Ministério da Saúde é importante esclarecer que os testes RT-PCR continuam sendo usados como padrão ouro no Sistema Único de Saúde (SUS), ou seja, são necessários para garantir o diagnóstico.
Foto: AEN PR
(AEN)