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Pastor acredita que vencerá Maduro nas eleições: ‘Sou a luz nas trevas’

O pastor evangélico Javier Bertucci pretende derrotar o presidente venezuelano Nicolás Maduro nas eleições marcadas para o dia 22 de abril. Em entrevista à Agência France Press o pastor declarou: “Eu sou a luz nas trevas”.
Em um hotel de Caracas, o candidato de 48 anos – líder da Igreja Maranatha – criticou a oposição por ficar de fora das eleições e disse que a fusão política-religião é o que país precisa para sair de uma de suas piores crises.
Bertucci está relacionado aos “Panama Papers”, o escândalo sobre paraísos fiscais, e em 2010 esteve em prisão domiciliar por suposto tráfico de combustível, mas ele afirma sua inocência.

 

Crise de representatividade

Neste cenário de fragmentação, Bertucci anunciou sua candidatura em um culto transmitido pela televisão na cidade de Valencia. Junto a sua esposa, que também é pastora, ele lidera a Igreja Maranatha na Venezuela.

Além de seu programa bíblico diário em um dos mais populares canais de televisão do país, Bertucci também é dirigente de uma famosa organização de caridade que distribui alimentos e brinquedos em bairros pobres.

O líder evangélico de 48 anos não tem nenhuma experiência política e pode ter problemas legais porque a Constituição proíbe religiosos de ocuparem a presidência. Ele afirma, entretanto, que esta limitação não será um problema.

Pesquisa de janeiro do instituto Datanalisis mostrou que 34% da população apoia uma candidatura presidencial independente, enquanto apenas 24% apoia um candidato hipotético da oposição.

Cerca de 17% da população de 31 milhões de pessoas da Venezuela é protestante.

Para David Smilde, pesquisador Escritório de Washington sobre a América Latina, Bertocci representa a “crise de representação” enfrentada pela Venezuela e o fortalecimento político de líderes religiosos na América Latina.

“Eles rejeitam Maduro. Mas o Governo ainda pode influenciar a eleição e a oposição tem lógica em se recusar a participar. Isso deixa a população sem muitas opões”, afirma Smilde.

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