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Sanepar investiu R$ 4,6 bilhões nos últimos cinco anos

Medidas adotadas pela Companhia durante crise hídrica evitaram colapso no abastecimento da Região Metropolitana de Curitiba. Os dados foram apresentados em audiência pública virtual sobre crise hídrica promovida pela Comissão de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Assuntos Metropolitanos da Câmara Municipal de Curitiba.

A Sanepar investiu R$ 4,6 bilhões de 2016 a 2020 em todo o Estado. Nesse mesmo período, o lucro obtido pela empresa foi de R$ 4,2 bilhões. Os dados foram apresentados pelo diretor-presidente da Companhia de Saneamento do Paraná, Claudio Stabile, em audiência pública virtual sobre crise hídrica promovida pela Comissão de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Assuntos Metropolitanos da Câmara Municipal de Curitiba.

Stabile falou dos indicadores da Sanepar no atendimento com água potável e com coleta e tratamento de esgoto, que estão muito acima da média nacional e dos estados do Sul do País. O presidente destacou também o desenvolvimento de pesquisas e ações inovadoras pela empresa em busca de maior eficiência operacional e de redução de custos.

“A água é um direito humano. Mas essa água deve ser potável, e isso tem um custo. Por isso, buscamos inovação para melhorar cada vez mais e reduzir nossas despesas”, disse.

Ele informou ainda que, desde março de 2020, a Sanepar suspendeu todos os cortes de água por falta de pagamento dos clientes, além de ter feito a religação dos que estavam suspensos. A empresa também lançou um programa de parcelamento de débitos em 60 meses levando em conta as dificuldades econômicas causadas pela pandemia.

“Vamos, em parceria com a Secretaria estadual da Justiça, Família e Trabalho (Sejuf), ampliar o número de famílias beneficiadas pelo programa da Tarifa Social. E fizemos a entrega e instalação de caixas d’água a muitas dessas famílias, moradoras das áreas afetadas pelo rodízio na Região Metropolitana. Nossa meta é aumentar essa entrega”, acrescentou Stabile.

A audiência pública teve o objetivo de esclarecer a origem dos problemas do abastecimento de água na cidade. O debate teve transmissão, em tempo real, pelos canais das redes sociais do Legislativo. Além dos vereadores de Curitiba e de cidades da Região Metropolitana, participaram o superintendente de Controle Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Curitiba, Ibson Gabriel Martins Campos, os deputados estaduais Professor Lemos e Tadeu Veneri, representantes do Ministério Público, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Movimento dos Atingidos por Barragens e de várias entidades da sociedade civil.

ESCASSEZ HÍDRICA – O diretor de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Julio Gonchorosky, apresentou dados sobre a escassez hídrica, que afeta há mais de um ano o Paraná, especialmente a Região Metropolitana de Curitiba. Ele destacou que a crise hídrica deixou mais evidente a importância da preservação ambiental da Serra do Mar na garantia de abastecimento futuro.

O diretor explicou ainda que a Sanepar adotou mais de 20 ações para mitigação dos efeitos da crise hídrica, como a adoção do rodízio no abastecimento, a captação emergencial de água em fontes alternativas como cavas e pedreiras, a antecipação de obras estruturantes e a campanha Meta20 de redução do uso de água.

“Sem essas medidas, o abastecimento de água na Região Metropolitana já teria entrado em colapso. O rodízio não é uma medida que gostaríamos de adotar, mas é inevitável diante do cenário pluviométrico que se apresentou”, destacou.

Foto: Sanepar

(AENPR)

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