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Documentos vazados revelam EUA monitorando conexões de Lula com China, Rússia e Irã

Foto: Ricardo Stuckert / PR

Recentemente, intelligence americana, à qual o jornal Washington Post teve acesso, afirmou que os Estados Unidos estão preocupados com a forma como o Brasil tem lidado com os conflitos envolvendo a Rússia e a Ucrânia e os EUA e a China. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem demonstrado interesse em formar um “bloco de paz mundial” para mediar os interesses dos EUA e da China e intermediar o fim dos combates na Ucrânia. Os documentos mencionam o apoio do Ministério das Relações Exteriores da Rússia ao plano. Segundo o arquivo, os russos consideram que a proposta neutralizaria a narrativa de “agressor-vítima” do Ocidente sobre a Ucrânia.

A posição de Lula na guerra foi chamada de “profundamente problemática” pelo porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Jack Kirby, que afirmou que o presidente estava repetindo a propaganda russa. Lula já disse que os EUA e a Otan estão prolongando o conflito na Ucrânia fornecendo armas a Kiev e chegou a sugerir que, em um acordo de paz, Kiev pudesse abrir mão da Crimeia, região controlada pelos russos desde 2014.

Os documentos também mencionam o descontentamento dos EUA com vários outros países emergentes, incluindo África do Sul, Argentina, Índia, Paquistão e Egito. Países como Paquistão e Egito, que recebem bilhões de dólares em ajuda econômica e de segurança dos EUA, têm estreitado laços com a China e a Rússia, o que preocupa Washington.

Além disso, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, tem demonstrado interesse em uma aliança renovada de nações latino-americanas, incluindo México e Brasil, para garantir mais poder na política internacional. Essa aliança é vista com cautela pelos EUA.

Em resumo, os documentos da inteligência americana mostram que os Estados Unidos estão preocupados com a forma como o Brasil e outros países emergentes têm lidado com a questão geopolítica envolvendo a Rússia e a China. As posições de Lula e Fernández são vistas com cautela pelos EUA, que buscam manter sua influência política internacional.

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