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Moradores do Boqueirão são grandes aliados no desafio das 100 Mil Árvores para Curitiba

Se a cidade conseguiu plantar 330 mil mudas de árvores desde a primavera de 2019, quando o prefeito Rafael Greca lançou o desafio 100 Mil Árvores para Curitiba, deve parte do êxito a pessoas como o aposentado Aroldo de Meira. Ele mora na Regional Boqueirão e cultiva uma paixão: além de plantar árvores em casa e espaços públicos, zelar pelo desenvolvimento de cada uma.

O amor de Aroldo pelas plantas veio com ele de São Bento do Sul, no interior de Santa Catarina, de onde chegou em 1979. “Nasci no meio do mato, no meio das plantas e nunca me afastei disso”, apresenta-se o curitibano por adoção. Ajudam a provar o que diz a residência rodeada de verde – “Quase não se vê a minha casa, que também é coberta de maracujá”, conta – e as árvores que plantou em espaços públicos.

Por um futuro melhor

É o caso dos exemplares depositados no solo da Praça Menonitas, perto de onde mora com a esposa, Neusa de Meira. “Só ali plantei uma palmeira real que já está com dez anos, um ipê rosa e outro amarelo, além de uma outra planta que trouxe do interior mas não sei como se chama. Plantei e cuido porque é muito importante tratar da manutenção”, frisa o morador, que também plantou cerejeiras junto à Unidade de Saúde Menonitas. Lá, ele também aguarda a chegada das mudas que formarão os canteiros de flores já em fase de preparação.

Aroldo estima estar por volta de 500 o número de árvores plantadas ao longo dos seus 63 anos de vida. “Umas 200 estão por aqui, em Curitiba”, diz ele, que também frequenta as feiras mensais de distribuição de mudas realizadas pela Prefeitura para alimentar o desafio 100 Mil Árvores para Curitiba. Foi de lá que vieram as mudas de cerejeiras destinadas à Unidade de Saúde Menonitas.

Apaixonado pela natureza, ele mantém no Facebook e no YouTube uma página chamada “Natureza, Sou Parte Dela”, onde postas fotografias e vídeos sobre plantas e também animais. “Só quero um futuro melhor”, resume Aroldo, que tem três filhas e uma neta.

Floresta particular

No mesmo bairro Boqueirão, relativamente perto do aposentado, vive outra aliada do desafio 100 Mil Árvores para Curitiba: a auxiliar de limpeza Juliana Stocco.

Com 39 anos, ela se dedica a tornar cada vez mais coberta de verde a parte do condomínio onde mora de aluguel. A empreitada foi iniciada no começo da pandemia de covid-19 e conta com apoio do proprietário do imóvel, que autoriza a ocupação verde ao longo da área comum.

Depois de 10 anos morando no Boqueirão, Juliana realizou o sonho de conseguir com a Prefeitura uma muda de ipê amarelo – que ela considera o melhor presente de aniversário do ano passado, em julho. A surpresa veio da distribuição mensal de mudas realizada na Rua da Cidadania do Boqueirão. Ações como essa acontecem em todas as dez regionais da cidade, para facilitar o acesso grátis às mudas preparadas no Horto Municipal. Ela segue cultivando a planta em um vaso e, desde então, já ampliou sua floresta urbana particular. Juntaram-se ao ipê amarelo um outro, rosa, além de uma cerejeira, uma jabuticabeira, uma pitangueira e até uma araucária.

“Vai ser o meu pinheirinho de Natal”, conta a moradora, que se recupera de dores severas na coluna e da perda da mãe. “Mais do que nunca ver uma folhinha, um broto, é uma terapia para mim. Uma mexida na terra me faz sentir energizada”, diz Juliana, que já cultivava temperos e plantas menores em vasos suspensos.

Seu desejo, agora, é se recuperar completamente e ajudar a cuidar das mudas de árvores recém-plantadas pela Prefeitura na Rua Bley Zornig. “O mato cresce rápido demais e, se eu puder, não espero a poda. Vou lá e faço eu mesma”, planeja.

Foto: Divulgação

Secom Curitiba

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