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Zambelli posta retratação por associar Lula a morte de Celso Daniel

Deputada Carla Zambelli citou imunidade parlamentar antes de iniciar fala de retratação. TSE notificou parlamentar anteriormente

A deputada federal Carla Zambelli (PL) publicou um vídeo nesta segunda-feira (27/10) se retratando por associar o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao assassinato do prefeito de Santo André Celso Daniel.

Antes de começar a fala, a deputada cita que tem imunidade parlamentar. “Fui notificada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e venho esclarecer que Celso Daniel, sua morte, tortura e empalamento nada têm a ver com o ex-presidente Lula”, começa.

“Além disso, as outras sete mortes misteriosas que ocorreram também foram mortes que não têm nenhuma relação com Celso Daniel.”

Veja:

Em julho, Moraes proibiu bolsonaristas de associarem o assassinato a Lula. Ele afirmou que é de “conhecimento público e notório, o assassinato do ex-prefeito Celso Daniel se trata de caso encerrado perante o Poder Judiciário, com os responsáveis devidamente processados e julgados, estando cumprindo pena. Também é fato conhecido e amplamente divulgado que o Ministério Público de São Paulo encerrou definitivamente as apurações, não havendo notícia do envolvimento do Partido dos Trabalhadores ou de seus membros”.

Caso Celso

Celso Daniel foi torturado e atingido com oito tiros. Ele havia acabado de assumir o segundo mandato como prefeito e estava na coordenação da campanha vitoriosa de Lula (PT) à Presidência da República. Após uma série de versões conflitantes, a Justiça entrou em um consenso, encerrou o caso e os responsáveis indicados nas investigações estão cumprindo pena.

Na época da morte de Celso Daniel, em fevereiro 2002, ano em que Lula se elegeu presidente, o pai de Mara Gabrilli, vice na chapa de Simone Tebet (MDB), tinha uma empresa de ônibus em Santo André. Em entrevistas, ela costuma culpar petistas pela morte do ex-prefeito.

Apesar da narrativa, na época do homicídio, a Polícia Civil de São Paulo concluiu que Celso Daniel foi vítima de “crime comum”. O Ministério Público paulista, no entanto, defendeu que a versão não se sustenta. Lula, vale ressaltar, nunca foi investigado pelo caso.

Após o primeiro turno, Zambelli compartilhou um vídeo em que a tucana culpa o petista pelo assassinato. O TSE determinou que Lula tivesse direito de resposta e concluiu que a deputada disseminou desinformação.

Com informações do Portal Metrópoles

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