Ajudados pelo clima, produtores de mandioca retomam colheita no Paraná
Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária mostra que, com maior oferta de matéria-prima, as indústrias de fécula instaladas no Estado reduziram a dependência de outros estados.
Os produtores de mandioca do Paraná finalmente dispõem de condições climáticas favoráveis para retomar as colheitas. Com isso, a oferta de matéria-prima paranaense para as indústrias cresce, e elas podem reduzir a dependência de outros estados. Esse é um dos temas do Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 11 a 17 de março. O documento é preparado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.
BANANA E FEIJÃO – O boletim destaca, ainda, a comercialização de banana nas unidades da Ceasa/PR em 2021. A fruta foi a primeira em quantidades negociadas e a segunda em valores. As 77,9 mil toneladas movimentaram R$ 179,9 milhões, com preço médio de R$ 2,31. No total, a Ceasa transacionou 584,4 mil toneladas de frutas, com giro financeiro de R$ 1,7 bilhão.
A colheita da primeira safra de feijão 2021/22 já se encerrou. O Paraná cultivou 141 mil hectares e produziu 185 mil toneladas, volume 33% inferior ao previsto inicialmente em razão da estiagem. Para a segunda safra, a estimativa é de 272 mil hectares e produção de 537 mil toneladas.
SOJA, MILHO E TRIGO – O documento do Deral destaca o avanço considerável na colheita de soja, que atingiu 68% da área plantada neste ciclo, ou 3,8 milhões de hectares. Isso representa 10 pontos percentuais acima do que estava colhido na mesma época na safra anterior.
O milho também foi favorecido pelas condições climáticas e o plantio atingiu 87% da área estimada de 2,6 milhões de hectares para a segunda safra 2021/22, a maior da história. Já a colheita do grão de primeira safra alcançou 75%, com ritmo mais lento exatamente por estar no final.
Sobre o trigo, o registro fica nos preços praticados. Na última semana, atingiu no Paraná, em média, o valor de R$ 1.955 pago pelos moinhos, com valorização de 14% em relação ao que era praticado em fevereiro. Na ponta da venda, os moinhos recebem R$ 152,72, em média, pelo saco de 50 quilos de farinha especial, aumento de 4% em relação ao mês passado.
SUÍNO, BOVINO E AVES – Ao tratar dessas três proteínas animais, os analistas do Deral recorrem à pesquisa divulgada pelo IBGE nesta semana sobre o volume de abates feitos no Brasil em 2021. Em relação aos suínos, o aumento brasileiro e o paranaense ficou em 9%, refletindo maior exportação e maior consumo interno.
Na avicultura também houve aumento de abates e o Paraná se consolidou como principal produtor dessa proteína no País. O aumento foi de 3,4% em abates e de 8,1% em toneladas de carnes produzidas no Estado. Dessa forma, o Paraná foi responsável por 33,4% do total de carne de frango do País.
Na bovinocultura, ao contrário, houve redução de 16% no abate no Paraná em relação a 2020. Com isso, a produção de carne bovina caiu 14% no Estado. Foram produzidas 308,7 mil toneladas em 2021, com participação de 4% no volume nacional. No Brasil, a produção alcançou 7,4 milhões de toneladas.
(AEN)