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Manifestantes em Brasília retiram da pauta “intervenção militar”

Com a intervenção militar fora da pauta, os manifestantes pedem ajuda do Exército contra o resultado das eleições

Apesar de gritaram “SOS, Forças Armadas”, manifestantes descontentes com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Eleição 2022 tentam se descolar de pedidos relacionados à intervenção militar e até mesmo do presidente Jair Bolsonaro (PL). A reportagem observou as diretrizes ao longo do protesto com mais de mil pessoas em frente ao Quartel General do Exército, no Setor Militar Urbano, em Brasília. O ato ocorre nesta quarta-feira (2/11), Dia de Finados.

“Sem faixas que digam intervenção militar, nada de golpe, nada de regime. Nós estamos aqui fazendo uma manifestação pacífica”, explicaram aos populares.

“Estamos aqui para fazer com que o Exército, as Forças Armadas cumpram seu papel constitucional segundo juramento que fizeram à bandeira durante a incorporação, que é defender o povo brasileiro e a soberania do Brasil contra qualquer ameaça neste momento. O povo brasileiro está sendo ameaçado pelo comunismo do PT”, completaram.

O papel constitucional ao qual se referem diz respeito ao artigo 142 da Constituição de 1988, que disciplina a função das Forças Amadas no país.

A declaração tem sido usada por brasileiros contrários ao presidente eleito para justificar uma espécie de autorização, ou legitimação constitucional, em que o Exército, a Marinha e a Aeronáutica atuem como um “poder moderador”, caso sejam convocados para uma “intervenção militar” e para “manter a ordem”. Juristas e ministros, no entanto, condenam tal interpretação.

Após intervenção militar, acusação de fraude

Os manifestantes ainda cobram da Justiça imediata auditoria na Eleição 2022, já que para eles o pleito presidencial “foi fraudado”. Segundo o público, há provas de que as urnas foram fraudadas, e o material será entregue às autoridades competentes.

“Cobrar que sejam apuradas as denúncias contra as inserções de rádio no Nordeste, onde um dos candidatos foi claramente prejudicado”, argumentam.

Foto: Wey Alves/ Especial Metropoles

(Metrópoles)

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