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Mulheres no trânsito: Transitar realiza palestra para Conselho Municipal Dos Direitos da Mulher

No Paraná, público feminino forma 38% de habilitados

Divulgação

As mulheres são a maioria no Brasil. São a maioria que transitam pelas cidades, porém, quando se refere a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), no Paraná, por exemplo, elas são 38% do total de habilitados, segundo dados da Senatran (Secretaria Nacional de Trânsito).

A história conta que, no Brasil, somente no ano de 1932 as mulheres obtiveram a sua CNH, no estado do Espírito Santo. A desigualdade de gênero é vista com relatos de mulheres que foram discriminadas por estarem conduzindo táxi, transporte coletivo, caminhões e demais veículos, o que pode estar ligada a esta disparidade entre os gêneros quando se trata da profissional motorista. Essa realidade impõe obstáculos para as mulheres que buscam uma atuação igualitária no trânsito, onde acabam perdendo oportunidades de trabalho com veículos, somente por ser mulher, revelando a necessidade urgente de uma reflexão geral e mudança de paradigmas.

A Transitar realizou ontem (10) palestra para membros do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, com o tema “As dificuldades e preconceitos que as mulheres enfrentam no trânsito”. As estatísticas apontam que condutores e pedestres ainda precisam praticar a empatia, o respeito, a educação no trânsito. Os dados ainda apresentam que as mulheres são a minoria no que diz respeito ao envolvimento em sinistros e óbitos.

“É preocupante o preconceito quando diz respeito a elas enquanto condutoras, pois ouvem frases de discriminação, diminuindo-as simplesmente pelo fato de serem mulheres. Assim, muitas acabam desistindo de conduzir um veículo, pois compartilham do medo de serem julgadas. Outra questão que nos preocupa são as mulheres que usam o trânsito para atividades esportivas, como correr, caminhar, andar de bicicleta e são assediadas”, expõe Luciane de Moura, coordenadora de Educação do Trânsito, da Transitar.

Apesar das piadas sobre a falta de habilidade das mulheres ao volante, em geral, elas são mais cuidadosas que os homens. Segundo dados da Quality Planning, empresa de pesquisa para companhias de seguros, os homens têm 3,4 vezes mais chances de conseguir uma multa por dirigir de forma imprudente e 3,1 mais possibilidades de serem pegos por dirigir embriagados.

Foi demonstrado durante a palestra que é possível reverter essa situação. “Podemos desenvolver mais trabalhos começando com as crianças e envolvendo os pais, no que tange o respeito e igualdade no trânsito,mas precisamos contar com toda a sociedade para a mudança cultural”, diz Luciane.

(Secom)

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