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Saúde cardíaca da mulher é negligenciada e confundida com ansiedade

Segundo cardiologista, elas normalmente chegam ao hospital com sintomas de ataque cardíaco, mas que são descartados como ansiedade

Apesar de as mulheres serem as pacientes mais frequentes em hospitais e consultórios médicos, os cuidados com a saúde do coração ainda são negligenciados nesta parcela da sociedade. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), entre 1965 e 1998, elas representavam só 38% dos indivíduos que passavam por consultas periódicas — o número não mudou até hoje.

“Infelizmente, quando alguém do gênero feminino dá entrada no hospital com queixas de cansaço, problemas para dormir e respiração curta, é muito comum que associem a problemas psicológicos. A cada 100 mulheres entre 25 e 40 anos, 42 delas não apresentam dor no peito quando estão infartadas e por isso têm seus diagnósticos errados”, alerta a cardiologista Salete Nacif, do Hcor, em São Paulo.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são as principais causas de morte de mulheres no Brasil, ultrapassando o câncer de mama, por exemplo. A cada 100 mil habitantes, 67 morrem por doença arterial coronariana (entupimento de artérias) e 57, por AVC.

Os principais fatores de risco para doenças do coração são semelhantes aos dos homens, como diabetes, hipertensão, colesterol alto, tabagismo, obesidade e sedentarismo. Mas, nelas, também são consideradas risco a síndrome dos ovários policísticos, uso de contraceptivo hormonal, doença hipertensiva da gravidez, eventos adversos da gravidez, terapia hormonal da menopausa, riscos agregados às doenças inflamatórias e autoimunes e distúrbios depressivos.

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