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Com a Família Folhas, Curitiba fortalece o desenvolvimento sustentável

O ano de 2022 será sempre lembrado pelos curitibinhas pelo retorno – repaginado – da Família Folhas. Com o amadurecimento e os novos personagens criados também pelo cartunista Ziraldo, vieram questões mais abrangentes de sustentabilidade e novos programas implementados pelo município, com o grande objetivo de tornar a cidade pronta para as mudanças climáticas e alinhada aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Entre os destaques da Secretaria Municipal do Meio Ambiente estão a criação do Programa Municipal de Compostagem, reduzindo o uso do aterro sanitário, e a entrega do Parque Pinhal de Santana, aumentando as áreas verdes conservadas e as opções de lazer dos moradores da região Sul da cidade.

O ano também teve a transformação do antigo espaço da Unilivre, no Bosque Zaninelli, em Escola Municipal de Sustentabilidade.

“O desenvolvimento sustentável e o enfrentamento às mudanças climáticas caminham juntos e as nossas ações são no sentido de ter uma Curitiba cada vez melhor para a população”, reforça a secretária municipal do Meio Ambiente, Marilza do Carmo Oliveira Dias. “Não podemos esquecer que tudo isso só é possível por causa do trabalho que vem sendo construído ao longo dos últimos anos”, completa, ao lembrar da vocação da capital paranaense na criação e preservação de áreas verdes, plantios de árvores e gestão de resíduos.

Os Folhas

A Família Folhas 2022 chegou como um presente de aniversário para Curitiba, no mês de março. Desde então, os personagens estão presentes em escolas e outras programações do município.

Além dos integrantes originais – Seu Folha, Dona Fofô, Fófis e Fifo – fazem parte do grupo, também, Flora (uma adolescente PcD), seu irmão Fefo e o pet folha adotado Folheco.

Lixo que não é lixo. Mesmo

O refrão que voltou a fazer parte das aulas de Educação Ambiental e das casas de todos os curitibinhas foi ampliado em 2022.

Além dos resíduos recicláveis, que o curitibano sabe que tem que separar desde a década de 1990 – lata, papel, vidro e plástico -, agora é possível também, por um programa do município, dar destino sustentável aos resíduos de alimentos – restos de alimentos crus, cascas e folhas.

O Programa Municipal de Compostagem foi lançado em outubro deste ano, inicialmente nos 11 Ecopontos, com composteiras comunitárias.

A ideia, de acordo com o diretor de Limpeza Pública, Edelcio Marques dos Reis, é promover essa mudança de paradigma em todas as esferas da sociedade. “Nosso objetivo é a mudança de comportamento em relação à geração de resíduos e ao desperdício de alimentos”, explica.

Essa mudança já aconteceu para o marido de aluguel e técnico de equipamentos eletrônicos João Palo Leite Tavares, que mora com a mãe, Maria, em uma das casas vizinhas ao ecoponto do Cajuru, na Rua Neusa Vieira Bet. Para ele, o Ecoponto já foi uma grande conquista da região, já que com um local correto para levar os resíduos como os restos de construção, a população não sofre mais com alagamentos.

Agora, a cada três dias, eles levam os restos de alimentos – principalmente as cascas de frutas dos sucos que a mãe prepara – para os cuidados de Cícero, à composteira comunitária. “Isso é prosperidade, é algo a se ensinar para as crianças”, acredita, já na expectativa do recebimento do adubo resultante da composteira para as plantas de casa. “Temos algumas mudas lá para usar”, completa.

No próximo ano, o programa deve passar pelas hortas comunitárias e incluir grandes geradores.

Em casa

Condomínios em diversas áreas da cidade vem recebendo também orientações da Educação Ambiental.

O retorno das atividades aconteceu pelo condomínio Iguaçu II, no bairro Ganchinho, que já é considerado um exemplo quando o assunto é separação. Os mais de 1,3 mil moradores do local ouviram as orientações e receberam os materiais que incluem adesivos de identificação das lixeiras e cartilhas.

A síndica Zurene Pacheco conta que a separação do condomínio é boa, mas ainda há espaço para melhora, em especial, dos resíduos que vêm dos apartamentos. “Temos que cuidar da nossa casa e as perspectivas, com as ações da Prefeitura por aqui, são as melhores”, diz.

Espaços acessíveis e de bem-estar

Com a inclusão da adolescente portadora de deficiência Flora na Família Folhas, foram iniciadas na cidade importantes obras de melhoria da acessibilidade em espaços importantes para o turismo na capital. Novas calçadas, acessos, rampas e pisos agora fazem parte da paisagem do Jardim Botânico de Curitiba.

Frequentador do local desde a sua inauguração, o aposentado José Paulo Marcondes Trisuzzi corre todos os dias no local e aprova as melhorias.

“Tenho uma cunhada cadeirante, de 88 anos, que não conseguia fazer a visita completa”, conta. “A troca do piso do Botânico também vai trazer mais segurança a quem corre, caminha e ao turista que está sempre distraído, admirando a beleza do local”, completa.

Parques e praças da cidade já contam com parquinhos pensados de forma integrar as brincadeiras entre crianças com deficiência ou não. Esses espaços contam com pisos emborrachados e equipamentos pensados para garantir a segurança de todos.

E, para incentivar o esporte, o município entregou, ainda, a primeira arena pública coberta de patinação, na Praça Antonio Bertoli, na Regional Santa Felicidade

Sol por testemunha

Integrante da rede C40, de cidades unidas na luta contra as mudanças climáticas, Curitiba faz a sua parte para amenizar o aquecimento do planeta.

Entre as principais ações neste sentido estão o aumento da matriz energética solar no município. Neste ano, a cidade deu início à Pirâmide Solar do Caximba, que começa a gerar energia no início de 2023.

A estrutura, no aterro sanitário desativado em 2010, conta com mais de oito mil painéis. O projeto, elaborado com a consultoria da Rede de Cidades C40, em acordo com as regras de Geração Distribuída da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), tem 4,55 Mwp de potência instalada.

“Além de transformar um passivo ambiental em uma usina de geração de energia limpa, é uma das grandes apostas da cidade de Curitiba no enfrentamento das mudanças climáticas”, explica a secretária Marilza.

Cuidado e respeito com os animais

A causa animal, também representada na Família Folhas pelo pet folha adotado Folheco e seu tutor Fifo, neste ano, teve o reforço das ações de adoção. A Rede de Proteção Animal lançou programas que dão aos animais treinados a oportunidade de sair do Centro de Referência para Animais em Situação de Risco (Crar) para um passeio ou para passar a noite na casa de uma potencial família adotante.

O município também tornou mais rigorosa a lei que pune os maus tratos contra os animais.

Destaques do Meio Ambiente em 2022

– Entrega do Parque Pinhal de Santana, no Tatuquara
– Melhorias na acessibilidade no Jardim Botânico
– Entrega da Escola Municipal de Sustentabilidade
– Mais de 100 mil árvores plantadas em 2022 (total de mais de 286 mil no Desafio 100 Mil Árvores)
– Compostagem comunitária nos Ecopontos
– Média de 700 toneladas de resíduos levadas aos Ecopontos por mês
– Revitalização do Parque do Semeador
– Retomada das visitas guiadas ao Cemitério Municipal São Francisco de Paula
– 19 toneladas distribuídas pelo Banco de Ração (114 desde 2019)
– Atualização da lei de maus tratos a animais
– Rede de Proteção Animal recebe os prêmios Expressão Ecologia e Clotilde Germiniani
– Entrega da Praça das Pinhas
– Centro de Ilustração Botânica ganha espaço no Jardim Botânico
– Melhorias no Zoo garantem novos recintos para felinos e harpias

Foto e Texto: Secom Curitiba

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